quinta-feira, 17 de junho de 2010

Bibliografia


http://pt.wikipedia.org/wiki/Juda%C3%ADsmo_no_Brasil


http://www.miniweb.com.br/cidadania/personalidades/imigrantes7.html


http://www.ahjb.com.br/ahjb_pagina.php?mpg=03.01.00.00


http://www.museujudaico.org.br/nucleo-imigracao.php


http://www.juraemprosaeverso.com.br/ReligIrmandESistFiloOuPol/HistdaImigracaoJudaica.htm

História da imigração

Com a destruição do Segundo Templo pelos romanos e a conseqüente dispersão do povo de Israel, os judeus passaram a ser perseguidos, confinados e discriminados, criando as bases do anti-semitismo.

Como conseqüência das dificuldades econômicas da Europa, no início do século passado, e das perseguições religiosas e sociais sofridas em seus países de origem, muitos judeus vieram para o Brasil em busca de uma vida melhor, e instalaram-se principalmente no Rio Grande do Sul.

O ano de 1904 marca a chegada dos imigrantes judeus ao Brasil, mais precisamente à Colônia de Philippson, próxima a Santa Maria, no Rio Grande do Sul, primeira colônia judaica, instalada organizadamente no país. A Colônia recebeu esse nome em homenagem a Franz Philippson, então vice-diretor da ICA e presidente da Compagnie Auxiliaire de Chemin de Fer au Brésil, que atuava no RS. Os primeiros imigrantes – cerca de 37 famílias – vieram principalmente da Bessarábia, região russa banhada pelo Mar Negro. Mais tarde, judeus vindos da Polônia, Rússia, Alemanha, Argentina e outros países instalaram-se no Brasil.

A maioria dos imigrantes eram artesãos que se tornaram agricultores. Os judeus que vieram desconheciam a língua, o ofício de agricultor e a geografia do lugar, mas foram acolhidos generosamente pelo povo do Rio Grande do Sul.

O que os imigrantes mais valorizavam era a educação dos filhos, único bem que não lhes poderia ser tirado. A primeira integração entre a comunidade judaica e os brasileiros veio através da educação. Os imigrantes fundaram uma escola na Colônia de Philippson, cujo ensino era realizado em português e acolhia também os brasileiros, filhos dos colonos e trabalhadores da região.

Nos anos 20 começa uma outra etapa no processo de migração: em busca de estudos mais adiantados para os filhos, muitos judeus instalaram-se nas grandes cidades do Estado, tornando-se comerciantes. Eles se dirigiram para Santa Maria, Erechim, etc, e muitos para Porto Alegre, concentrando-se no bairro Bom Fim. Durante a década de 30 predominou a imigração de judeus vindos da Polônia. Artesãos, alfaiates e marceneiros poloneses vieram para o Bom Fim e criaram sua associação, o Poilisher Farband, que prestava assistência e apoio aos novos imigrantes. A partir de 1933, quando Hitler assume o poder na Alemanha, chegam ao Brasil os judeus alemães, entre eles muitos intelectuais e profissionais liberais, que fugiam de seu país ameaçados e perseguidos pelo nazismo.

Na década de 50, no período do governo de Nasser, judeus expulsos do Egito chegam em Porto Alegre. Sua Sinagoga foi construída no Centro Hebraico.

Em 1963, os judeus alemães fundam a Sociedade Israelita Brasileira de Cultura e Beneficência – SIBRA.

O forte espírito comunitário fez com que os judeus se apoiassem e superassem as dificuldades iniciais; logo passaram a ocupar uma posição de destaque na área cultural e artística, no comércio, na indústria e na construção civil. Seus filhos ingressaram nas universidades, tornando-se intelectuais, professores, profissionais liberais, etc, facilitando o processo de integração da comunidade judaica na sociedade.

Discriminação

O Brasil, para o imigrante judeu vindo de regiões onde foi permanentemente discriminado e perseguido, teve muitas características de terra prometida. Ele se integrou na cultura nacional, passando a compor, na sua maioria, as classes médias, que se orgulham do fato de serem brasileiras.

Assim, a cultura brasileira não discrimina o imigrante, pelo contrário, o valoriza. O país conseguiu absorver o maior contingente de população japonesa fora do próprio Japão, milhões de árabes e menor quantidade de judeus, sem gerar conflitos étnicos ou práticas preconceituosas. Trata-se de um feito admirável, possivelmente sem similares na história contemporânea. Grande parte destes imigrantes, numa sociedade com altos índices de crescimento econômico e mobilidade social, conseguiram rapidamente, graças aos valores e conhecimentos trazidos de seus lugares de origem, ascender socialmente e ocupar posições importantes nas classes médias e elites do país. A ascensão social dos imigrantes no lugar de gerar ideologias racistas ou sentimentos antiétnicos, é vista como fator positivo e valorizador da pessoa. Isto porque a cultura, a identidade e o mito de origem brasileiro favorecem a mudança, o novo e a transformação que permitirá realizar suas potencialidades como país do futuro.

Contribuição para a cultura brasileira

Na vida sócio-cultural brasileira, a participação judaica é igualmente importante. Desde políticos como Jaime Lerner e Israel Klabin, até atores como Débora Bloch e Luciano Szafir, passando obviamente por nomes como Adolpho Bloch, Alberto Dines, Boris Casoy, Burle Marx, Cacá Rosset, Celso Lafer, Clarice Lispector, Dina Sfat, Eva Todor, Frans Krajcberg, Gilbert, Gilberto Braga, Gilberto Dimenstein, Henrique Morelen-baum, Henry Sobel, Herbert Moses, Isaac Kabitschevisky, Jacob Guinsburg, Jacob Pinheiro Goldberg, Jacques Klein, Jom Tob Azulay, José Mindlin, Juca Chaves, Lazar Segall, Leon Hirszman, Mário Schenberg, Moacyr Scliar, Natalia Thimberg, Nilton Bonder, Senor Abravanel, Tatiana Belinky, Victor Civita e outros tantos.