quinta-feira, 17 de junho de 2010

Discriminação

O Brasil, para o imigrante judeu vindo de regiões onde foi permanentemente discriminado e perseguido, teve muitas características de terra prometida. Ele se integrou na cultura nacional, passando a compor, na sua maioria, as classes médias, que se orgulham do fato de serem brasileiras.

Assim, a cultura brasileira não discrimina o imigrante, pelo contrário, o valoriza. O país conseguiu absorver o maior contingente de população japonesa fora do próprio Japão, milhões de árabes e menor quantidade de judeus, sem gerar conflitos étnicos ou práticas preconceituosas. Trata-se de um feito admirável, possivelmente sem similares na história contemporânea. Grande parte destes imigrantes, numa sociedade com altos índices de crescimento econômico e mobilidade social, conseguiram rapidamente, graças aos valores e conhecimentos trazidos de seus lugares de origem, ascender socialmente e ocupar posições importantes nas classes médias e elites do país. A ascensão social dos imigrantes no lugar de gerar ideologias racistas ou sentimentos antiétnicos, é vista como fator positivo e valorizador da pessoa. Isto porque a cultura, a identidade e o mito de origem brasileiro favorecem a mudança, o novo e a transformação que permitirá realizar suas potencialidades como país do futuro.

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